Mapa mundi ou planisfério. Quem o elaborou e quais as suas versões?

Perguntas e respostas sobre o mapa mundi ou planisfério. Quem o elaborou e quais as suas versões? Quais as possíveis representações? Veja as principais respostas.

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O mapa mundi, também conhecido como planisfério, é uma representação plana e reduzida do globo terrestre. Nele, estão representados os oceanos e os continentes, podendo variar de acordo com o objeto a ser estudado pelos profissionais da área.

Quais as suas versões?

Mapa mundi

Há mais de uma versão padrão do mapa mundi. Muitas delas evoluíram junto do “descobrimento” pelo homem europeu dos continentes ao sul. Sendo assim, já houveram mapas em que apenas a Europa era desenhada pelos especialistas da época. A análise do território era feita partindo das navegações. Projeções até os dias atuais:

Projeção de Mercator:
Eurocêntrica, devido ao tamanho consideravelmente maior dos demais continentes. Também conhecida como Universal Transversa de Mercator, ou somente UTM, essa projeção consiste numa espécie de projeção cilíndrica onde o cilindro encontra-se paralelo ao eixo de rotação terrestre. As deformações nos polos são gigantescas. Essa projeção foi criada por cartógrafos norte-americanos na década de 50. O mapa apresenta a projeção cilíndrica entre o paralelo 84° Norte e o paralelo 80° Sul. Na região dos polos norte e sul, utiliza-se a projeção estereográfica polar universal. São 60 fusos de 6° de longitude cada um, variando de 180° Oeste a 180° Leste. A importância dessa projeção deve-se ao moderno emprego da mesma em aparelhos de Sistema de Posicionamento Global (GPS). A projeção de Mercator foi muito utilizada na navegação pelo fato de privilegiar a exposição das áreas oceânicas. Como vantagem, a projeção de Mercator mantém a forma dos continentes, mas distorce suas áreas.
Projeção de Mollweide:
Essa projeção é utilizada para representar todo o globo terrestre. Sua maior peculiaridade é o fato de todos os paralelos, inclusive a linha do Equador, e o meridiano de Greenwich serem linhas retas, enquanto que os demais meridianos são linhas curvas.
Projeção de Robinson:
A projeção de Robinson foi criada pelo geógrafo estadunidense Arthur Robinson nos anos 60. Com meridianos curvos e paralelos retos, essa projeção não mantém nem as áreas nem as formas dos continentes, mas reduz as distorções tanto de um quanto de outro. Por ser bastante didática, é a projeção mais utilizada em escolas para o ensino de geografia.
Projeção de Goode:
Também conhecida como projeção descontínua de Goode, foi elaborada pelo cartógrafo norte-americano John Paul Goode. Apresenta um mapa mundi configurado como uma justaposição de cortes da projeção de Molleweide. A projeção de Goode procura apresentar os continentes com suas áreas e formatos reais, desvalorizando, porém, as regiões polares e oceânicas. Ela é muito utilizada para estudos socioeconômicos diversos de nível global, como por exemplo de urbanização e industrialização.
Projeção de Peters:
Essa projeção foi concebida pelo historiador alemão Arno Peters, ficando conhecida como “mapa para um mundo solidário”, visto que, pelo fato de serem aumentadas as regiões próximas à linha do Equador, o comprimento do continente africano aumenta em mais de 2.600 km. Dessa forma, a África, bem como a América do Sul, ocupa um espaço bem maior no mapa em relação ao que ocupa em outras projeções. Ao contrário da projeção de Mercator, eurocêntrica, essa privilegia países de terceiro mundo, isto é, países subdesenvolvidos, e também, ao invés de manter a forma e distorcer as áreas, essa mantém as áreas, distorcendo as formas dos continentes.
Projeção de Winkel Tripel:
Foi proposta pelo cartógrafo alemão Oswald Winkel, em 1921. Está entre as projeções com menores distorções na área e na forma. Há quase 20 anos, o National Geographic utiliza essa projeção no lugar da projeção de Robinson.
Projeção estereográfica:
É também bastante comum para a representação do mapa mundi. Com exceção do paralelo e do meridiano centrais, que são retos, todos os paralelos e meridianos são curvos. Esse tipo de projeção procura representar cada hemisfério da Terra separadamente, um ao lado do outro, para que se possa enxergar o globo na sua totalidade. A projeção estereográfica é utilizada desde os tempos antigos.

Quais as utilidades?

As utilidades variaram bastante ao decorrer do tempo. Nos tempos antigos, não havia métodos de visualização que não fossem na pratica humana em observar e desenhar. Sua utilidade anterior era em benefício da exploração de outras terras, conhecimento territorial próprio e de demais áreas. Atualmente, servem para, além do estudo do espaço, estudo de correntes marítimas, direções e temperaturas de massas, etc.

Veja abaixo o mapa mundi no Google Maps com opção de navegação nele:

Quem o elaborou?

O primeiro mapa mundi oficialmente conhecido foi desenhado pelo alemão Martin Waldsemulle. O alto detalhamento da a posição ao cartógrafo, possibilitado pela política mercantilista existente e a expansão marítima. Graças ao conhecimento pioneiro dos Portugueses, existem documentos cartográficos tão bem elaborados em comparação a esboços anteriores.

Quando o primeiro foi feito?

Houveram mapas chineses datados a 10000 a.C., mas seguindo as características peculiares do mapa como deveria ser elaborado por um cartunista, o primeiro foi desenhado, oficialmente, em 1507, 15 anos após a primeira visita portuguesa à America.

Quais as possíveis representações?

O conceito de representação, no caso, diz respeito às possíveis interpretações de um mapa mundi. Por exemplo, através da variação de cores no mapa e uma legenda adequada, é possível indicar modelos e estruturas políticas dominantes, climas e vegetação que predominam em uma área, variação de altitudes pelo mundo, concentração religiosa, pólos tecnológicos, lugares onde há grande desenvolvimento de atividades agrárias e pecuárias, países mais ou menos atingidos em eventos como Guerras Mundiais, situações ou posicionamentos econômicos e diversas outras propriedades a serem especificadas de acordo com a região.

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