O que muda no ensino fundamental e médio com Bolsonaro?

Veja a nossa análise sobre as propostas do presidente Jair Bolsonaro para o ensino fundamental e ensino médio. O que pode mudar durante os 4 anos de seu governo.

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A eleição de Jair Bolsonaro a presidência da república foi marcada por muito debate, polarizações e até muita briga entre aqueles que defendiam suas ideias e os que eram contrários a tais.

Muitos o consideravam radical e contrários a certas posturas e pontos de vistas muito presentes em nossa sociedade. Como exemplo disso é sua postura e promessas em relação a educação básica, por exemplo.

Iremos analisar seu plano de governo e suas posições para tentar entender o que poderá mudar no ensino infantil, fundamental e ensino médio durante os 4 anos de seu governo.

Ensino fundamental e médio Bolsonaro

Método e conteúdo

A principal bandeira de Bolsonaro para a educação básica foi baseada em suas ferrenhas críticas aos conteúdos educacionais e os métodos de educação. Sobre esse assunto ele escreve em seu programa de governo:

Conteúdo e método de ensino precisam ser mudados. Mais matemática, ciências e português, SEM DOUTRINAÇÃO E SEXUALIZAÇÃO PRECOCE. Além disso, a prioridade inicial precisa ser a educação básica e o ensino médio / técnico.

Bolsonaro, que mesmo antes de ser candidato a presidência, já defendia junto com outros políticos de renome, como o então Senador Magno Malta e o deputado federal Marco Feliciano, o fim da doutrinação nas escolas, a sexualização precoce.

Dois fatos em que o então deputado na época bateu muito forte foi o chamado “kit gay” que consistia em um material didático que seria distribuído às escolas pelo Ministério da Educação, fato esse que o MEC negou e a polêmica em torno da ideologia de gênero.

É de se esperar que esses assuntos saiam da pauta da educação durante o seu governo e como ele mesmo diz, que a escola foque em ensinar mais matemática, língua portuguesa, geografia, história e outras matérias tradicionais do nosso currículo escolar.

O plano de governo ainda traz uma importante citação sobre a questão dos conteúdos educacionais:

Além de mudar o método de gestão, na Educação também precisamos revisar e modernizar o conteúdo. Isso inclui a alfabetização, expurgando a ideologia de Paulo Freire, mudando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), impedindo a aprovação automática e a própria questão de disciplina dentro das escolas. Hoje, não raro, professores são agredidos, física ou moralmente, por alunos ou pais dentro das escolas.

Papel da escola e da família

Ainda sobre esse assunto e tendo como base o texto citado acima do seu plano de governo, devemos concluir que o papel da escola e dos professores sofrerão alguma mudança.

Nos últimos anos, muitos professores inclusive, sentiram um pouco acuados em ter de lidar com assuntos que segundo esses não era papel da escola e sim da família, como a questão da sexualização.

Educação sexual é uma coisa, sexualização é outra. A escola não deve interferir nesta segunda e muitos professores agradecem por não serem obrigados a tratar deste desnecessário assunto com alunos.

Esta mudança também é esperada que ocorra durante o governo Bolsonaro, ou seja, uma separação do papel da escola e da família.

Modelo importado

Outro aspecto importante é que o plano de governo cita modelos de educação de países asiáticos como Japão, Taiwan e Coreia do Sul. O programa ainda explora a expressão: “Gastamos como os melhores, educamos como os piores”.

Com isso é de se esperar que o presidente Bolsonaro tenha extraído de tais países e seus respectivos modelos educacionais algumas ideias e cases que possam ser aplicados em nossas escolas.

Ele não diz exatamente o que, mas a julgar pela defesa que faz em seu plano de governo, dá para entender que isto está relacionado com a melhoria da gestão, da destinação dos recursos e porque não dizer da cobrança dos resultados.

É possível fazer muito mais com os mesmos recursos, diz ele.

Prioridades na educação básica

Uma boa notícia é seu claro interesse em priorizar a educação básica. Sobre esse assunto ele escreve:

Precisamos inverter a pirâmide: o maior esforço tem que ocorrer cedo, com a educação infantil, fundamental e média. Quanto antes nossas crianças aprenderem a gostar de estudar, maior será seu sucesso.

A proposta de priorizar a educação básica e o ensino técnico é boa e devemos esperar melhorias neste sentido. Vale a pena acompanhar e cobrar para que tais mudanças sejam de fato positivas para todos.


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